Minhas leituras-Fevereiro 2023

07/03/2023

Minhas leituras #FEVEREIRO

Olá querido leitor, seja bem-vindo a minha lista de livros lidos no mês de Fevereiro!

Esse mês eu não li a quantidade de livros que eu queria ter lido, eu almejava 4 livros, porém li somente 3 (iniciei um quarto livro e um quinto livro ao mesmo tempo, mas não consegui concluir até o final do mês, por essa razão ficarão para o mês de março.

Entretanto, o que valeu a pena é que os livros lidos foram simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S, e eu particularmente elegi o meu favorito (vocês saberão por que ficará bem claro mais adiante).

Além disso, eu devo ter dormido uns anos do tempo que fiquei fora do universo da leitura visto que descobri uma rede social de leitores: o SKOOB; eu nem imaginava que isso existia até ler um personagem de um livro falando sobre ele e fui pesquisar, não é que existe mesmo? É tipo um twitter, além de você poder acompanhar lançamentos, alcançar metas, traçar planos de leitura, entre outros.

No começo eu estava bem afoita e lançando tudo o que eu lia cotidianamente, mas eu desisti em razão de começar naquela neurose de pessoa traumatizada com cronogramas de estudos e metas, ter que ler rápido só para alcançar as metas e não conseguir ler por prazer de aproveitar os livros no tempo em que é confortável para mim.

De pressão já basta o tempo que eu estudei pra OAB e para concursos! A leitura deve ser prazerosa, um entretenimento para desconectar da realidade, por isso quando eu vi que estava competindo quantidade ao invés de qualidade eu parei de fazer meu registro diário no app. Mas ainda marcarei futuramente os que li e os que leirei (acredite, são muitos!), embora reflita se realmente conseguirei ler todos eles em algum momento kkkkk.

Dito sobre minhas descobertas digitais e sem mais delongas, vamos para os meus queridinhos do mês <3


#1 É ASSIM QUE COMEÇA – COLEEN HOOVER

(CONTÉM SPOILER!!!!!!!!!)

Eu sou só amores e fofuras sobre esse livro, visto que tanto o primeiro volume dele ("É assim que começa") quanto esse segundo fazem eu me enxergar na história e na personagem principal Lily.

Neste livro, é retratado o recomeço de Lily após decidir romper o relacionamento com aquele insuportável do Riley. Cara, se eu já tinha pegado ranço dele no primeiro livro (assim como todo mundo que leu pegou com certeza), nesse livro superou todas as minhas capacidades de rancear (nem sei se essa palavra existe, acho que acabei de inventar) alguém.

Ele cercando a Lily e ela se sentindo coagida, ele brigando com o Atlas e insistindo no relacionamento falido foi de sentir muita raiva. Que embuste! Um verdadeiro Chernoboy!

A Lily ganhou todo o meu coração pela sua força como mulher e a determinação de criar a filha longe de agressões físicas que sofria com Riley se separando dele, além do que, segurou uma gravidez surpresa praticamente sozinha e trabalhando.

Esse ponto de Lily é realmente interessante de se analisar: quantas mulheres hoje não dão a cara a tapa e vão a luta para criar seus filhos? Em vários momentos Lily compartilha com o leitor seu cansaço físico e mental, além de sofrer o pós-traumático do relacionamento abusivo com Riley e descontar sem querer em Atlas (Atlas...*-*), amor da vida inteira dela e ela amor da vida inteira dele.

A força e a fragilidade da personagem é de derreter o coração tanto do leitor que nunca viveu uma situação de abuso emocional quanto o que já viveu (meu caso), e a relação fortalecida dela com a mãe, além da reconstrução da vida desta arrumando um novo namorado após a morte do pai agressivo de Lily são reconfortantes e nos inspiram a seguir em frente também. Nós mulheres temos a capacidade de nos reconstruir, de nos reerguer independentemente das circunstâncias. Somos o sexo forte e protetor que tem raízes de nossas ancestrais.

Agora, vou falar um pouco dele... o Atlas! Gente, quem não quer um Atlas na vida não é mesmo? O cara é atencioso, cozinha bem, saiu na porrada com o Riley (embora foi o embuste que provocou) em defesa de Lily, ama o fato da Lily ser mãe, adora a filha da Lily, acha a Lily maravilhosa, é bonito, é legal, tem um adolescente de 12 anos como psicólogo que vive zuando ele ("só mais uma coisinha... quer ser minha peixinha"), tem química com a Lily... Gente, ele é a personificação do homem que todo mundo quer mas ninguém acha kkkkkkk.

Não posso esquecer de colocar a representatividade aqui, considerando que o núcleo adolescente do livro é muito bem formado com o surgimento do irmão do Atlas que é um mocinho que embora pareça rebelde, é somente carente de afeto e a figura do Théo, o "psicólogo" do Atlas que já se identifica como LGBTQI e que é um dos alívios cômicos da tensão da história narrada. Eu realmente o adorei, e foi ele inclusive que falou sobre o app do SKOOB para o Atlas e eu, leitora que lia assiduamente na época que os dinossauros andavam sobre a terra fui correndo pesquisar se era real kkkkkkkkk.

É um livro muito gostoso de ler, a leitura flui prazeirosamente, trás romance, comédia e dilemas de tempos atuais, além de trazer uma inovação que a própria autora Colleen confirmou ser um pedido dos fãs: a História narrada do ponto de vista de Lily e Riley, porquanto no primeiro livro, só tínhamos o ponto de vista de Lily.

Enfim, um livro que eu gostei bastante e que me trouxe lições pessoais valiosas, além de um bom entretenimento e sonhos de relacionamentos românticos futuros 😉



#2 LADY KILLERS – TORI TELFER

GENTE, ESSE LIVRO FOI A MELHOR AQUISIÇÃO QUE EU FIZ! SÉRIO! Quem me conhece e convive comigo sabe que eu adoro tudo o que se refere a true crimes e que falar sobre psicopatia é uma das coisas que eu mais gosto.

Eu acredito que esse gosto pessoal meu advém desde a faculdade, considerando que meu tema de monografia foi sobre o crime de estelionato, sendo que o principal elemento desse crime é o comportamento humano de enganar o outro, como o camaleão que muda de cor para fugir do perigo ou conseguir alimento. Os seriais Killers (assassinos em série) me chamam a atenção pela incapacidade de sentir emoções e a necessidade permanente de dominação e saciedade do prazer.

Conheci pessoas que, convivendo com elas pude notar traços de psicopatia e vejo o quão perversa é essa condição mental, embora nem todo psicopata é um serial killer visto que a esta é dividida em graus, todo serial killer é um psicopata.

Eu gosto muito de estudar o que motiva o antropo (homem) a cometer algo repugnante ou o que o leva a elaborar formas de engano para cativar suas vítimas, é um assunto que me prende e prende a maioria dos estudantes de direito e advogados criminais, muito embora seriais killers sejam menos de 1% da população.

Esse livro é espetacular, mas já aviso que não é para todo tipo de leitor. Pessoas sensíveis, que acreditam no mundo cor de rosa e que ficam impressionados com facilidade tem a probabilidade de não gostarem. Pessoas que querem uma leitura rápida estilo romance também vão perder tempo porque é um livro real e cruel, que realça o debate até onde uma sociedade opressora fomenta o desabrochar das seriais killers mulheres no decorrer da história.

O livro não é somente para ser lido, é para ser admirado! Além de extremamente bem escrito e com fontes confiáveis, além de uma vasta bibliografia de pesquisa, é vintage e possui muitas ilustrações. Para se ter noção da estética do livro, a capa dele é rosa fluorescente, páginas pretas e um marca página de tecido de tira semelhante a fitas de isolamento policial (DarkSide caprichando como sempre!)

Pois bem, o livro relata as histórias de várias mulheres assassinas no decorrer dos séculos e os motivos que as levavam a cometer seus crimes e estes variavam bastante: desde o prazer cruel e animalesco até a morte desenfreada para se defender de maridos, pais e homens abusivos.

O que me chama a atenção é em como algumas dessas mulheres eram donas de si mesmas e enfrentavam vários tipos de estigmas da sociedade ao mesmo tempo, e as que escapavam disso, eram afetadas por homens abusivos que tentavam dominá-las. Achei interessante que em muitas das mortes, diferentemente dos seriais killers homens que possuem características de crimes cometidos com carnificina, a principal arma utilizada por elas era veneno distribuído gradualmente nos alimentos.

É irônico pensar que as pessoas se deixam levar pela aparência frágil das mulheres ignorando sua astucia e inteligência não somente naquela época, mas também em dias atuais (Ritchtofen tá aí pra provar isso). Muitas pessoas se decepcionam com o livro por que sei lá, pensam que elas são os vilões da Marvel e que vão sair por ai lutando com pessoas e soltando poderzinhos para matar, mas esquecem que muitas dessas mulheres em outros séculos eram subjugadas ao papel de párias na sociedade, tanto que em um dos casos uma rede de apoio entre mulheres foi formada para que destilassem veneno na comida de maridos violentos e obsessivos.

Esse livro me fez ver em como cada mente enxerga e compreende a realidade de uma forma diferente, e como pequenos traumas podem ser gatilhos para crimes horrendos, mesmo que ao ser de uma sociedade tida como comum seja algo inaceitável.

Não passo pano para assassinatos e nem crueldades de nenhum tipo, mas até mesmo a forma de execução dessas mulheres era motivo de discussão por serem do sexo feminino, ou seja, não conseguiam ser vistas como criminosas merecedoras do mesmo castigo dado aos homens. Em alguns casos os castigos foram menores, e em outros casos bem piores (mortes na fogueira e cadeira elétrica por exemplo).

No final do livro, a autora trás sugestões de filmes, documentários e séries falando sobre as seriais relatadas nos livros e outras mais atuais.

Eu simplesmente adorei o livro, e o indico para todos os que querem sair da zona de conforto.




#3 A BIBLIOTECA DA MEIA NOITE – MATT HAIG

Desse livro vai ser polêmico falar, achei a proposta do livro muito boa, a lição que pode ser tirada do livro essencial para a nossa vida, mas... não sei se gostei.

A começar pela personagem principal que eu não me conectei. Eu acredito que o livro deveria ter feito um arco da Nora em bons períodos até chegar no período da depressão dela, porque ela é uma personagem simplesmente insuportável.

Ela é chata, eu não tenho outra palavra para usar kkkk. Achei os diálogos dela chatos, a forma de agir chata, achei ela metida em querer corrigir pensamentos dos outros como se ela fosse a melhor porque era formada em filosofia e mesmo no final do livro, mesmo em tese ela "se libertando" de várias amarras, eu peguei uma antipatia tão grande que para mim não surtiu um arco de redenção. Pelo contrário, mesmo que ela reconstruiu sua vida não tirou a chatice dela.

Sim, eu sei que personagens depressivos não vão ser positivos na maioria do tempo e eu sei bem disso, mas ela passou da conta da chatice aceitável para uma leitura e eu li o livro arrastada.

Eu criei uma expectativa tão grande nesse livro, achei que iria amar porque a internet toda estava em polvorosa com a obra, mas eu não sou desse balaio infelizmente. Não me prendeu, não me impactou profundamente.

Quanto a idéia colocada no livro, eu acho super válida porque te faz refletir naquela coisa "se eu tivesse escolhido A ao invés de B, qual seria o resultado?" Creio que todos já tomamos decisões na vida que nos fizeram pensar que estaríamos melhores se tivéssemos escolhido a outra opção, entretanto isso não é uma certeza, e tudo o que passamos construiu o que somos agora. Pensar que uma escolha oposta a que tomamos pode ser tão frustrante quanto a que escolhemos faz a gente se perdoar de supostas "más escolhas" do passado, pelo menos foi isso que eu fiz e tirei de moral desse livro, me fazendo perdoar de decisões que até então tinha me arrependido de ter tomado.

A conclusão é que eu gostei da proposta do livro, achei reflexiva, interessante, mas achei a personagem chata a ponto dela não me cativar.


Bom meus queridos leitores, se vocês acompanharam até aqui, agradeço a leitura e logo disponibilizarei as leituras de março com muitas novidades por ai, experiências com clubes de leituras, novas obras que adquiri... repleto de conteúdo legal para quem curte livros.

Espero que vocês tenham gostado e até mês que vem com mais resenhas! <3

Thábata Cabrini - blog
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